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“A mudança climática pode afetar diretamente a inflação. Isto pode acontecer quando inundações ou secas mais freqüentes destroem as culturas e aumentam os preços dos alimentos, por exemplo”, Frank Elderson, membro do Comitê Executivo do BCE e presidente do grupo climático dos banqueiros centrais, observou em um artigo sobre mudança climática global publicado pelo Wall Street Journal.
Encontrar soluções para a mudança climática está influenciando cada vez mais os setores empresariais e sociais em todo o planeta. Os bancos centrais na maioria das economias do mundo estão se tornando cada vez mais conscientes das questões envolvidas e estão planejando novas diretrizes e regulamentações.
Por exemplo, uma conferência será realizada no próximo mês para discutir o impacto da mudança climática no setor bancário. Os bancos centrais estão considerando formas de alcançar a sustentabilidade ambiental, mantendo os preços estáveis. A maioria dos bancos centrais na Europa já iniciou o processo de mudança. Este tipo de regulamentação pode afetar os bancos americanos que operam no exterior.
O Banco da França está calculando os custos da mudança climática. Por sua vez, Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu – desde o início de seu mandato – visa colocar a mudança climática e a proteção ambiental no centro da autoridade monetária da instituição. O Banco da Inglaterra começou a agir no mesmo sentido. Este ano, o chefe do Tesouro do Reino Unido, Rishi Sunak, alterou o mandato do comitê de fixação das taxas de juros com o objetivo de incluir um forte crescimento sustentável que também engloba a sustentabilidade ambiental.
Uma das medidas que estão sendo consideradas pelos bancos centrais é o aumento dos encargos de capital para empréstimos a empresas de combustíveis fósseis e a redução dos encargos para empréstimos a empresas de energia solar ou eólica.
O debate sobre política monetária verde no século 21 e a tentativa dos bancos centrais de padronizá-la levanta a questão da legitimidade dos negócios em termos de se eles operam em termos ambientalmente sustentáveis ou não. Este movimento poderia provocar não apenas distúrbios econômicos, mas também políticos e sociais.
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